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GAECO/MPRJ denuncia procuradores de Saquarema por crimes contra a administração pĂșblica

Chico Peres e Claudius Valerius denunciados por peculato e falsidade ideológica

Por Por MPRJ em 28/12/2024 às 09:29:01
Chico Peres é procurador concursado e ja atuou como procurador geral por varias ocasiões. Irmão do ex-prefeito Antonio Peres e cunhado da atual prefeita, Manoela Peres

Chico Peres é procurador concursado e ja atuou como procurador geral por varias ocasiões. Irmão do ex-prefeito Antonio Peres e cunhado da atual prefeita, Manoela Peres

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério PĂșblico do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) denunciou à Justiça os procuradores do MunicĂ­pio de Saquarema Antônio Francisco Alves Neto e Claudius Valerius Malheiros Barcellos, pelos crimes de peculato-desvio e falsidade ideológica. O GAECO/MPRJ aponta que, entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022, os denunciados desviaram R$ 116.043,92 dos cofres pĂșblicos por meio da inserção de informações falsas em folhas de ponto, relacionadas ao pagamento de horas extras fictĂ­cias em favor de Antônio Francisco.

De acordo com as investigações, o esquema foi viabilizado com a anuĂȘncia do então procurador-geral do municĂ­pio, Claudius Valerius, que assinava e autorizava os documentos fraudulentos em benefĂ­cio de Antônio Francisco, o Ășnico servidor da Procuradoria a receber horas extras. Ainda segundo a denĂșncia do GAECO/MPRJ, Antônio Francisco é cunhado da atual prefeita de Saquarema, Manoela Peres, e teve sua nomeação para o cargo de Procurador-Geral do MunicĂ­pio cassada em 20 de novembro de 2019. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou seu afastamento, após constatar a prĂĄtica de nepotismo cruzado.

As investigações do GAECO/MPRJ revelaram que Antônio Francisco, em colaboração com Claudius Valerius, recebeu um total de 623 horas extras que nunca foram trabalhadas, lesando o MunicĂ­pio em mais de R$ 116 mil. A fraude foi comprovada por meio de contracheques e documentos pĂșblicos, que demonstraram não haver controle de ponto efetivo para os procuradores municipais. A denĂșncia, em trâmite na 2ÂȘ Vara da Comarca de Saquarema, decorre de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) conduzido pelo GAECO/MPRJ.



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